Na última quinta-feira, o Fluminense enfrentou um duro golpe em sua jornada pela Copa do Brasil, sofrendo uma derrota de 2 a 1 para o Vasco. A partida, realizada no icônico Estádio do Maracanã, foi apenas o primeiro capítulo da semifinal que promete emoções até o último minuto. O técnico Luis Zubeldía agora se vê diante do desafio de ajustar sua equipe para o jogo de volta, marcado para este domingo, às 20h30, no mesmo estádio que testemunhou o recente revés.
O confronto expôs o Fluminense a importantes lições, com destaque para a necessidade de intensificar sua atuação. Apesar de uma primeira metade de jogo sob controle, o Tricolor não conseguiu acompanhar o acréscimo de intensidade do adversário no segundo tempo, perdendo disputas cruciais.
Um detalhe não menos importante é o cenário de preparação do Fluminense, que realizou dez partidas a mais que o Vasco nesta temporada e não contou com o descanso das férias de meio de ano, diferentemente de seu oponente. Neste contexto, equilibrar o meio de campo surge como tarefa essencial, levantando questionamentos sobre a estratégia de escalar Nonato ao invés de Hércules, e a consequente liberdade concedida a Acosta, que não rendeu o esperado.
O técnico argentino se depara com a necessidade de variar tanto na formação quanto na abordagem do jogo. A substituição de Keno por Soteldo, afastado por lesão, não surtiu os efeitos desejados, agravando a situação de um time que já encontrava dificuldades. A ausência do venezuelano, agora agravada por dores no quadril, limita as opções de Zubeldía, embora a possível volta de Canobbio possa oferecer algum alento.
Outro aspecto que requer atenção é a estratégia para superar a pressão imposta pelo Vasco, especialmente notória no segundo tempo, e a capacidade de manter a posse de bola sob essa pressão. A performance abaixo do esperado de Everaldo e Lucho Acosta contribuiu para a vulnerabilidade do Fluminense, que se viu sob constantes ameaças.
A recorrência de gols sofridos nos momentos finais dos jogos se apresenta como um ponto crítico a ser endereçado, com o Fluminense mostrando fragilidade nos acréscimos em partidas decisivas, um fator que já custou caro anteriormente.
Diante desse cenário, a equipe tem a tarefa de buscar uma vitória por dois gols de diferença para assegurar sua passagem à final, um feito que conseguiu apenas uma vez este ano, em um clássico contra o Botafogo. Uma vitória simples poderia levar a decisão aos pênaltis, enquanto um empate favoreceria o Vasco.
Em meio a esses desafios, a possibilidade de contar com Cano, recuperando-se de lesão, surge como uma esperança para reverter a situação adversa e conquistar um lugar na final, demonstrando que, apesar dos obstáculos, o Fluminense não está pronto para desistir.