Em confronto marcado pela igualdade de 1 a 1 com o Mirassol, realizado na Vila Belmiro nesta quarta-feira pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Santos viu seu esforço se mesclar entre a esperança e a frustração. Uma noite que colocou Neymar em um papel ambíguo: de salvador a antagonista, evidenciando ainda mais a necessidade de pontos vitais na corrida para evitar o descenso.

A possibilidade de alcançar os 39 pontos, trazendo o Internacional para a zona de turbulência e ampliando a distância para o Vitória, o primeiro na zona de rebaixamento, esvaiu-se com o empate. A infração cometida por Neymar, resultando em um pênalti para o Mirassol, foi o reflexo de um Santos que oscilou entre momentos de brilho e apatia, sem encontrar formas de penetrar a defesa adversária de maneira consistente.

A ausência de um meio-campista criativo tem sido um dos grandes desafios do Peixe, especialmente nas etapas finais dos jogos, quando a pressão aumenta e a necessidade de inovação se torna evidente. A estratégia de três volantes, liderada por Zé Rafael, tem seu valor, mas revela suas limitações quando a equipe necessita de uma faísca criativa para transformar a dinâmica do jogo.

Neste cenário, Benjamín Rollheiser surge como uma alternativa promissora. Após uma fase de menor destaque e tempo no banco de reservas, o argentino mostrou sinais de revigoramento, contribuindo com gol e assistência nas partidas que antecederam o embate com o Mirassol. Sua participação ativa e a capacidade de influenciar o jogo colocam-no como candidato a assumir um papel mais significativo no esquema do técnico Juan Pablo Vojvoda.

A disputa pelo Brasileirão está se afunilando, com apenas quatro rodadas restantes e o Santos a um passo acima da zona de rebaixamento. Os confrontos iminentes contra adversários diretos, incluindo uma partida crucial contra o Internacional na próxima rodada, podem definir o destino do clube na competição.

Vojvoda e sua equipe têm diante de si o desafio de encontrar o equilíbrio perfeito entre defesa e ataque, capitalizando sobre a versatilidade de Rollheiser, a genialidade de Neymar e o vigor dos jovens talentos do elenco. A batalha do Santos pelo sucesso no Brasileirão será determinada tanto pela estratégia quanto pela capacidade de seus jogadores de se superarem nos momentos decisivos.