Em uma noite que prometia ser o ápice de sua redenção no ano, o Palmeiras viu suas esperanças de glória na Conmebol Libertadores serem desfeitas, ao perder por 1 a 0 para o Flamengo na final realizada em Lima, Peru. A equipe que havia sido poupada e apresentava uma formação tática inovadora sob o comando de Abel Ferreira, entregou-se à derrota, culminando em um desfecho frustrante para a temporada - um desalentador vice-campeonato.
A performance do Palmeiras nessa decisiva partida refletiu um desvanecimento em relação à força e vivacidade que marcaram os seus jogos ao longo do ano. O desgaste físico e mental do plantel foi evidenciado no mês de novembro, afetando significativamente o rendimento em campo, com a final contra o Flamengo servindo como mais uma demonstração de uma equipe que pareceu perder seu ímpeto.
A opção por poupar os titulares no confronto prévio pelo Campeonato Brasileiro, contra o Grêmio, foi uma estratégia visando a frescura física para a final. Ferreira surpreendeu ao alterar o posicionamento da equipe, promovendo Bruno Fuchs ao time principal, não como um volante, mas para compor uma trinca defensiva ao lado de Gustavo Gómez e Murilo. Esta formação, no entanto, revelou fragilidades, especialmente no flanco esquerdo, onde o Flamengo soube explorar espaços com eficiência.
Apesar de o Palmeiras ter iniciado o jogo com uma postura defensiva robusta, a equipe teve dificuldade em manter a posse de bola e criar oportunidades de gol. O único momento de brilho veio dos pés de Vitor Roque, que por pouco não conseguiu igualar o marcador. No entanto, um deslize na marcação permitiu ao Flamengo abrir o placar através de um cabeceamento de Danilo, após um escanteio, colocando o rubro-negro em vantagem.
Mesmo com as substituições voltadas para reforçar o ataque, o Verdão não conseguiu superar a defesa do Flamengo, repetindo um padrão de dificuldades em campo observado nos últimos jogos da temporada. A melhor chance de empate para o Palmeiras surgiu nos minutos finais, mas foi em vão.
A derrota não só encerra a temporada do Palmeiras sem títulos, como também marca um ponto de inflexão para a equipe e o técnico Abel Ferreira, que enfrentarão um período de reflexão e reestruturação. O desempenho abaixo do esperado nas semanas finais destaca um contraste agudo com o início promissor do ano, deixando uma clara mensagem de que é necessário um reajuste para recuperar a forma vitoriosa que outrora definia o Verdão.
Enquanto as cicatrizes da derrota se curam, o foco agora se volta para a temporada seguinte, com a esperança de que o Palmeiras possa reencontrar seu ritmo e voltar a ser uma força dominante no cenário do futebol sul-americano.