A chegada de Abel Braga ao comando técnico do Internacional carrega a esperança de reverter um cenário crítico para o clube gaúcho na competição nacional. Com uma derrota contundente frente ao Vasco na rodada anterior, o Internacional solidificou um recorde negativo em sua trajetória no Brasileirão, alcançando a marca de 53 gols sofridos em apenas 36 partidas. Este número supera qualquer outro já registrado pelo clube desde que o campeonato assumiu o formato de 20 equipes.

A situação defensiva calamitosa não apenas colocou o Internacional na incômoda posição de quarta pior defesa do torneio, ao lado de Vasco e Fortaleza, mas também ultrapassou a marca anterior de 52 gols sofridos no ano de 2013, uma estatística que até então marcava o período de maior fragilidade defensiva do time sob o modelo atual do campeonato.

Embora o recorde absoluto de gols sofridos pelo Internacional date de 2004, com 59 gols contra em um campeonato de 24 times e 46 rodadas, a realidade atual destaca uma vulnerabilidade defensiva que tem afligido o time ao longo da temporada. A defesa tem permitido uma média elevada de gols, expondo lacunas que têm sido apontadas e criticadas nos últimos meses.

Até o momento, de 36 confrontos, o Internacional conseguiu manter sua rede invicta em apenas sete ocasiões, com empates sem gols em duas dessas partidas. A inconsistência defensiva, destacada pela dificuldade do lateral-esquerdo Bernabei em contribuir efetivamente para a defesa, e os desafios na posição de goleiro, com Ivan e Anthoni lesionados e Rochet atuando sob condições adversas, são obstáculos adicionais na campanha do clube.

A saída de Roger Machado e a subsequente contratação de Abel Braga refletem a urgência em abordar essas questões defensivas. Apesar das várias alterações táticas e na escalação promovidas por Ramón Díaz, seu antecessor, a equipe não conseguiu encontrar uma solução duradoura para seus problemas defensivos, colocando ainda mais pressão sobre o recém-chegado Braga para estancar o fluxo de gols adversários e guiar o Internacional para longe da zona de rebaixamento.